30/08/2013

Crianças têm contato com veneno de rato em escola municipal de Dourado

Uma delas experimentou o produto e precisou ser levada ao hospital.

Caso aconteceu nesta quinta(29); Educação investiga responsabilidades.




Três crianças de quatro e cinco anos encontraram veneno de rato dentro de uma tubulação, no pátio da Escola Municipal Maria do Carmo Balestero Gutierre, em Dourado (SP), na manhã desta quarta-feira (28). Uma delas chegou a experimentar o produto e precisou ser internada. A Secretaria de Educação vai investigar se houve irregularidade por parte da empresa responsável por colocar o veneno na escola.

Segundo o inspetor de alunos Carlos Eduardo Denetti, as crianças procuravam um anel de plástico que tinham perdido. “Quando cheguei já vi os bloquinhos da isca do veneno. Na hora fiquei preocupado e chamei os outros funcionários. As crianças conseguiram erguer a grade, pegar as iscas e jogaram para o lado de fora. É uma grade que uma pessoa adulta quase não consegue tirar. A gente até agora não entendeu como eles conseguiram erguer isso”, contou.
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As iscas foram colocadas por uma empresa de dedetização contratada em julho por licitação para combater os ratos na escola, que tem 80 alunos de quatro e cinco anos matriculados. O diretor de Educação, Henrique Mariano Gonçalves, informou que o veneno já foi retirado da escola onde ocorreu o incidente e de outra. Segundo ele, a empresa de dedetização apresentou um laudo sobre os produtos.

“O técnico da empresa que aplicou o veneno nos passou um laudo dizendo que o veneno não oferece risco para crianças e, em contato com a boca, caso fosse ingerido, ele causa vômito. A criança não apresentou nenhum quadro deste tipo, o médico que atendeu disse que não tinha nenhum indício de envenenamento”, afirmou Gonçalves.

O diretor informou ainda que vai analisar o que aconteceu para definir se alguma medida será tomada contra a empresa. “Nós vamos averiguar os fatos para saber se teve alguma imprudência, alguma irresponsabilidade por parte da empresa”, declarou.

As três crianças que tiveram contato com o veneno foram levadas para o Pronto-Socorro Municipal. Duas foram liberadas após o atendimento e um menino, que disse ter experimentado o produto, foi encaminhado para a Santa Casa de São Carlos, onde passou por uma lavagem estomacal e foi internado para observação.

Nos exames feitos na Santa Casa não foi encontrada nenhuma substância tóxica no organismo do menino. Ele recebeu alta por volta das 16h desta quinta-feira (29).


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