A Dinamarca está entre os países mais civilizados e avançados do mundo. Aparece como 16ª colocada na lista de nações com o melhor Índice de Desenvolvimento Humano – seus 0,895 pontos no levantamento da ONU são considerados um IDH “muito alto”.
Mas nem tudo é perfeito neste aparente oásis escandinavo do civismo e da correção política. Longe disso. O reino tem sido conivente com a barbárie ecológica cometida sistematicamente, sobretudo nos meses de julho e agosto, nas Ilhas Faröe, arquipélago que, embora esteja mais próximo à Islândia, ao Reino Unido e à Noruega, é uma região autônoma pertencente à coroa dinamarquesa.
Até 1572 baleias-piloto massacradas em um ano
Um verdadeiro oceano de sangue deixado por um número de baleias mortas que pode ultrapassar as 1500 por temporada, conforme indica o gráfico abaixo, publicado em 2007 pelo Museu de História Natural das Faröe:
Abate cruel e argumento rebatido
A técnica para encurralar os indefesos seres marinhos, sejam machos, fêmeas ou filhotes, envolve o uso de barcos, que pouco a pouco vão cercando as vítimas e as deixando sem saída. Uma vez capturadas, as baleias-piloto são dilaceradas com golpes implacáveis de enormes facas, buscando pontos vitais dos animais como a espinha dorsal.
O objetivo, segundo os responsáveis pela matança, é distribuir a carne dos animais entre a população, em cuja dieta figura há mais de mil anos. Garantem que não vendem as toneladas obtidas com a chacina.
Mas até mesmo esta justificativa é rebatida por opositores à prática. De acordo com Paul Watson, ativista responsável pela Sea Shepherd – uma das ONGs mais combativas dos Grindadráp, ligada ao Greenpeace, juntamente com a fundação de proteção a animais criada pela ex-atriz francesa Brigitte Bardot -, “a matança de baleias não é para subsistência, nem mesmo uma necessidade nutricional das Ilhas Faröe”. Ainda segundo Watson, “a carne da baleia-piloto é tóxica, com metilmercúrio e outros metais pesados, como chumbo, bifenilos policlorados e outros”.
Iniciativas opositoras de destaque
Entre as diversas iniciativas de destaque que pregam o fim dos grinds, como são apelidados os Grindadráp, está a Stop The Grind, endossada tanto pela Sea Shepherd quanto pela Foundation Brigitte Bardott, que em mais de uma ocasião enviaram embarcações às Faröe em desafio aos baleeiros, e que estimam ter salvo algumas centenas de baleias desta forma.
Entre as diversas iniciativas de destaque que pregam o fim dos grinds, como são apelidados os Grindadráp, está a Stop The Grind, endossada tanto pela Sea Shepherd quanto pela Foundation Brigitte Bardott, que em mais de uma ocasião enviaram embarcações às Faröe em desafio aos baleeiros, e que estimam ter salvo algumas centenas de baleias desta forma.
Incrível acreditar que pessoas encontrem diversão na crueldade e no assassinato em massa.
Assistam, se puderem, a este terrível vídeo produzido por eles em 2010. Os créditos explicativos estão em francês, mas as imagens e o áudio falam por si: baleeiros cercando as presas em uma baía de Torshavn (capital das Ilhas Faröe), os ataques propriamente ditos, o tratamento indigno às carcaças, o som da agonia das baleias e as horripilantes montanha de restos das baleias jogados no fundo do mar.
VEJA O VIDEO
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